21.8.25

O IMPACTO DE DONALD TRUMP NOS PELLETS DE MADEIRA

 Os produtores de pellets de madeira dos EUA não esperam grandes mudanças na política comercial sob o governo Trump, devido ao seu apoio às exportações. Os EUA não consomem atualmente pellets industriais e quase todas as 10 milhões de toneladas/ano produzidas são exportadas para a Europa e a Ásia. 

Os mais otimistas esperam que, com a desregulamentação proposta por Trump, haverá menos burocracia na obtenção de licenças ambientais e isso pode acelerar novos projetos de biomassa. Trump prometeu reverter as regras sobre emissões e limites de gases de efeito estufa para usinas de energia e revogar as regulamentações que limitam a geração de energia a carvão. Portanto, vai ficar mais barato produzir pellets.

Já os mais pessimistas entendem que as promessas de Governo são difíceis de atingir. No caso do gás, os preços no atacado já caíram, desencadeando cortes na produção, e o aumento da produção de energia do carvão pode não ser suficiente para reduzir ainda mais os preços. As políticas econômicas voltadas para o crescimento propostas por Trump devem, pelo menos no curto prazo, ser inflacionárias e resultar em taxas de juros mais altas e um dólar americano mais forte. Portanto, não haverá grandes mudanças na indústria dos pellets dos EUA.


No Brasil o impacto do tarifaço de Trump é bastante significativo. A crise nas grandes indústrias madeireiras (de exportação) praticamente corta o suprimento de matéria-prima para a indústria de pellets. Previsão de aumento do preço da matéria-prima e, por tabela, no preço de produção dos wood pellets, diminuindo nossa competitividade.

Mas, o nível de impacto na indústria de biomassa/pellets, no curto e longo prazo, dependerá da ousadia e rapidez com que o novo governo cumprirá suas promessas de campanha. A única certeza é que a natureza imprevisível do Presidente Americano continuará criando muita volatilidade no mercado global.

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