1.8.21

CRESCE A PRODUÇÃO DE PELLETS NO BRASIL

Desde 2015, não pára de crescer a produção de pellets no Brasil. O mercado se mantém aquecido mesmo em meio a pandemia de Covid19. Estima produção de 1 milhão de toneladas já em 2021. Isso é menos que 1% da produção mundial, mas é 20 vezes mais do que quando começou-se a falar em biocombustível sólido no Brasil. Energia renovável e recursos energéticos de baixo carbono tem sido tendência mundial (COP-26), por isso os wood pellets estarão, cada vez mais, nos radares das grandes empresas.

8.5.21

CRESCE PROCURA POR CERTIFICAÇÃO EN PLUS PARA OS PELLETS

O selo EN Plus para os pellets é garantia de alta qualidade do produto. As empresas certificadas conseguem fidelizar clientes e, claro, obter os melhores preços para seus biocombustíveis pellets. Por isso, a produção total de pellets com esta certificação tem crescido todo ano: 12,3 milhões de ton em 2020 e a previsão de 14 milhões de toneladas para 2021.


A lista das empresas com certificados ativos agora inclui mais de 1.100 produtores, comerciantes e prestadores de serviços com wood pellets em 47 países ao redor do Mundo. Embora a maioria delas recentemente certificadas esteja localizada em países como Polônia, Ucrânia e Rússia, um interesse crescente no selo também é registrado por empresas peletizadoras aqui na América do Sul, sobretudo Brasileiras.

O Brasil tem hoje aproximadamente 33 indústrias de pellets. Veja no Pellets Map.

28.2.21

DRAX PRODUZ MAIS PELLETS E CUSTOS CAI A US$ 153/t

A Drax Group, maior usina termoelétrica do mundo e também produtora de pellets, aumentou a produção desse biocombustível, melhorando a qualidade (menos finos) e reduzindo seus custos de produção em 5%, mostrou o relatório financeiro de 2020. A empresa produziu 1,5 milhão de toneladas de pellets em 2020 e seu custo de produção de pellets de madeira atual é de US$ 153 por tonelada, ante US$ 161 do ano 2019. 

Pellets utilizado na DRAX

Para aumentar ainda mais a produção e baixar os custos, a empresa está expandindo sua capacidade nas três fábricas de pellets existentes nos Estados Unidos em 400.000 toneladas, além de planos para desenvolver três novas plantas de 40.000 toneladas cada. A Drax também tem planos e projetos de captura e armazenamento de carbono de bioenergia (BECCS), acreditando que pode se tornar uma empresa de baixo carbono até 2030.

31.10.20

PUBLICAÇÕES SOBRE WOOD PELLETS

Publicações do Prof. Dr. Dorival Pinheiro Garcia
Pesquisador em pellets de madeira (wood pellets) 





2019 - ASSESSMENT OF PLANT BIOMASS FOR PELLET PRODUCTION

2018 - MAPA DOS PRODUTORES BRASILEIROS DE PELLETS 

2018 - O MUNDO USANDO MAIS PELLETS


2018 - QUALIDADE DOS PELLETS PARA AQUECIMENTO RESIDENCIAL: ISO 17225

2017 - A TECNOLOGIA DOS PELLETS TORRIFICADOS

2017 - CRESCE A PRODUÇÃO DE PELLETS NO BRASIL

2017 - EMISSÕES DE GASES EFEITO ESTUFA DA QUEIMA DE PELLETS MADEIRA

2017 - O SETOR DE PELLETS DE MADEIRA NO BRASIL

2017 - QUALIDADE DO CARVÃO VEGETAL VISANDO USO DOMÉSTICO

2016 - TRENDS AND CHALLENGES OF BRAZILIAN PELLETS INDUSTRY

2016 - DECOMPOSIÇÃO TÉRMICA DOS PELLETS DE MADEIRA POR TGA

2016 - PELLETS NO BRASIL - POTENCIAL REVIGORADO COM A COP-21

2016 - PELLETS NO BRASIL: DESAFIOS E OPORTUNIDADES   

2015 - OS DESAFIOS DOS PELLETS DE MADEIRA: COMPETITIVIDADE

2015 - PRODUÇÃO INDUSTRIAL DE PELLETS DE MADEIRA NO BRASIL

2014 - PELLETS: UMA QUESTÃO DE COMPETITIVIDADE E PREÇO

2013 - CARACTERIZAÇÃO ENERGÉTICA DE PELLETS DE MADEIRA

2013 - AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES DOS PELLETS PARA FINS ENERGÉTICOS 

2012 - CARACTERIZAÇÃO ENERGÉTICA DE PELLETS DE MADEIRA

2012 - AS INDÚSTRIAS DE PELLETS NO BRASIL 

2012 - A EXPANSÃO DO MERCADO DE PELLETS DE MADEIRA

2011 - PELLETS DE MADEIRA: EXPANSÃO E DIVERSIFICAÇÃO

29.3.20

AGRI-PELLETS DE CAROÇO DE AÇAÍ

No Brasil picolés e sorvetes de açaí são famosos, embora alguns dizem que têm gosto de terra. Mas no meio industrial, para uso como fonte de energia térmica, um subproduto do processo também começa a ficar conhecido: os agri-pellets de caroço de açaí. Eles são chamados de pellets naturais porque já vêm no formato de bolinhas cilíndricas cheias de “energia”.  
Agri-Pellets de Caroço de Açaí
Seu Poder Calorífico Superior chega a 18,85 MJ/Kg (4.500 Kcal/Kg) muito semelhante aos pellets de madeira. No entanto, seu teor de cinzas pode variar entre 1,0 e 1,6% ou seja, cerca de três vezes mais alto do que os wood pellets. Suas características energéticas são comparáveis aos pellets de bagaço de cana-de-açúcar, com a vantagem de virem prontos da natureza e não precisarem de nenhum processo mecânico para compactá-los. A vantagem desses pellets está no preço e valorização de resíduo industrial e a desvantagem está nas cinzas residuais que limita suas aplicações.
Caroço de açaí in natura  (com pêlos)
Mais informações sobre esse recurso energético: -- > http://www.ciapellet.com.br/

6.1.20

USE PELLETS EM VEZ DE CARVÃO MINERAL


A China estuda mudar sua matriz energética baseada no carvão mineral, que é barato mas poluente. Um artigo comparou, por meio de Análise de Ciclo de Vida (ACV), os pellets e o carvão:

- - > Consumo de energia utilizado na produção de pellets de madeira e carvão mineral foram estimados em 112,80 e 1495,11 MJ/GJ. Ou seja, trocando o carvão por pellets há uma economia de 1382,30 MJ para cada 1 GJ de calor fornecido;

- - > As emissões de Gases do Efeito Estufa na queima do combustível foram estimadas em 11,76 e 196 kg CO2/GJ. Assim, utilizar os pellets reduz em 184,24 kg de CO2/GJ  nas emissões atmosféricas de GEE;

- - > As emissões de poluentes atmosféricos, incluindo SO2, NOx e Material Particulado, poderiam também ser reduzido em 86%, 56% e 33%, respectivamente.

Como se vê, as análises são favoráveis à substituição de pellets por carvão. Mas, limpar a matriz energética de uma superpotência não é tão simples assim, por dois motivos principais:

(1) Os preços dos pellets são bem mais caros que o carvão mineral;

(2) não há produção mundial de pellets suficientes para atender ao consumo da China.

A China tem desenvolvido tecnologia para a obtenção de energia renovável, com destaque para a energia de biomassa, solar e eólica. Estamos sempre de olho porque seus pesados investimentos em fontes renováveis podem criar avanços tecnológicos que reduzirão os custos para consumidores de todo mundo. É uma superpotência. Eu nunca duvido da China!!!



26.10.19

EQUIPAMENTOS PARA A INDÚSTRIA DE PELLETS - TECNOLOGIAS PARA TODOS OS BOLSOS

Depois de 20 anos de história no Brasil, é notável o desenvolvimento do mercado de pellets, que estão sendo usados em variadas aplicações na indústria e no comércio. Hoje temos diversas marcas e tecnologias de equipamentos disponíveis para o complexo processo de peletização. Atualmente, existem cerca de 30 produtores de pellets que se utilizam das mais variadas tecnologias de equipamentos para densificar a biomassa. As principais marcas de equipamentos que esses produtores usam são: Andritz (Áustria), CPM (EUA), Khal (Alemanha), Nazzareno (Itália), Nanjing (China), Gell (Brasil), Chavantes (Brasil), Engemac (Brasil), ATX (Brasil), Calibras Equipar (Brasil). Cada um deles possuem vantagens e desvantagens: uns são caros, mas eficientes; outros são baratos e permite rápido retorno do investimento; há aqueles que são robustos e suportam biomassas com alta abrasividade; têm aqueles que possuem baixo custo de manutenção e até aqueles com alto índice de automação que operam com poucos funcionários. 


Está em dúvida em qual comprar? Não sabe qual é a melhor peletizadora para seu negócio? Posso te ajudar na escolha, porque a melhor tecnologia é aquela que atende às suas necessidades e a do seu cliente consumidor. Um consultor que conheça a tecnologia desses equipamentos, nesse caso, é bem mais barato do que consertar o erro! Já vi muitos casos por aí!

7.9.19

INFOGRÁFICO DO SETOR DE PELLETS BRASILEIRO

A indústria brasileira dos biocombustíveis pellets, apesar desses cenários macroeconômicos adversos, segue dando firmes demonstrações de sua resiliência, com 30 indústrias ativas, produzindo cerca de 507 mil toneladas de pellets, utilizando diversos tipos de biomassas.

Números do Mercado de Pellets no Brasil - 2018

Embora a produção brasileira esteja 10 vezes maior do que há cinco anos, ela representa apenas 1,4% da produção mundial. Mas, o mercado não pára de crescer, mesmo em meio a crise.

Leia a matéria na íntegra,  na revista B. Forest - Edição de Setembro de 2019!!!!

22.7.19

OS PRODUTORES DE PELLETS - MAPA 2023


O Brasil possui 30 produtores de pellets que estão espalhados por 3 regiões (Nordeste, Sudeste e SUL), mas são maioria nos Estados de SP, PR, SC e RS. Acesse o Pellets Map Brasil 2023 e encontre o fabricante de Pellets mais perto de você e de sua empresa.

Para citar este Mapa:




Desde a sua criação, o Mapa dos Pellets têm aproximado compradores de produtores, incentivando a utilização desse biocombustível renovável e limpo. 


13.7.19

O PROBLEMA DO CLORO NOS PELLETS DE EUCALIPTO


O Cloro (Cl) tem sido muito falado no meio dos pellets, principalmente porque o eucalipto possui traços acima do limite (0,02%) estabelecido na norma (ISO 16994). Sobre este CLORO existem lacunas que a ciência ainda precisa esclarecer, como por exemplo.: 
(1) 0,02% de cloro no eucalipto são suficientes para causar corrosão nos equipamentos? 
(2) as dioxinas que se formam na combustão são nocivas para as pessoas do entorno? 
(3) a importância de traços de cloro na biomassa é um fato científico ou chatice de ambientalistas alarmistas?
Não tenho as respostas, mas o que os artigos científicos dizem é que:
§  Na combustão, 95% do cloro é liberado na forma de gás e 5% fica retido nas cinzas;
§  Na queima, a temperatura de 200-400°C são ideais para liberação do cloro;
§  O processo de torrefação da biomassa agroflorestal elimina até 90% do cloro;
§  A combustão de qualquer biomassa agroflorestal pode causar corrosão, mas não se sabe qual a real influência do cloro;
§  Todas as dioxinas (KCl e HCl) são subprodutos de processos industriais modernos, mas somente 3% são decorrentes das biomassas agroflorestais;
§  A substância CLORO, naturalmente, tem cheiro forte e irritante, mas é humanamente impossível perceber esse odor em uma combustão;
    Portanto, não vejo problema na queima de pellets de eucalipto, pois  os efeitos são semelhantes aos de pinus.

29.6.19

O PROBLEMA DO CLORO NO PELLETS DE EUCALIPTO


No Brasil muitas florestas de eucalipto podem ser transformadas em pellets. No entanto, a Norma Internacional ISO 16994 estabelece baixos valores para Cloro <0,02. A Norma Americana PFI já é mais suave e permite percentual de até 0,03. O eucalipto possui normalmente teores de cloro de até 0,15 (7,5 vezes maior do que o padrão normativo para pellets A1 EN Plus).

Solução:
- Desistir do eucalipto para pellets? Não.
- Mudar a norma ISO 16994? Não.
- Fazer misturas com pinus? Sim. É uma saída viável industrialmente.
- Estabelecer requisitos brasileiros para pellets? Sim.
O Comitê de Pellets, recém instalado na ABIMCI, pode discutir esse tema complexo, e estabelecer padrões Nacionais para uso interno dos pellets brasileiros, sem excluir o eucalipto, pois há anos ele é utilizado como fonte confiável de energia térmica no país!
Pellets de Eucalipto


26.6.19

ABIMCI INSTALA OFICIALMENTE COMITÊ DE PELLETS E BIOMASSA

A Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (ABIMCI) acaba de criar o Comitê de Pellets e Biomassa dentro da sua estrutura organizacional. O anúncio foi feito durante encontro promovido pela entidade, que reuniu empresas produtoras de pellets, de diferentes partes do país. O objetivo foi apresentar as ações desenvolvidas pela Associação, o papel representativo e um cenário macro das oportunidades para os fabricantes. A Associação já conta com indústrias desse produto no seu quadro de empresas associadas. Entre os principais gargalos apresentados pelas empresas estão questões como a representação setorial e a necessidade de desenvolvimento de uma norma técnica específica para o segmento.
Hoje, o principal mercado de pellets é o agronegócio, em especial, a avicultura. Mas, de acordo com os empresários, haveria espaço para o produto em outros mercados como alimentação e indústrias de forma geral. De acordo com dados apresentados pela ABIMCI e levantados com a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), o Brasil produziu em 2017 pouco mais de 470 mil toneladas de pellets, dos quais a maior parte voltada para a exportação. Os principais destinos são Reino Unido, Itália, Dinamarca e França.

3.5.19

QUANTO MAIS INFORMAÇÕES DO MERCADO DE PELLETS, MELHOR!

Certa vez, palestrando em um Congresso de Biomassa, recebi algumas perguntas de um fabricante de Caldeiras que queria saber sobre o mercado, localização dos produtores, produção de pellets no Brasil, matéria-prima...No coffee-break continuamos a conversa e, sabendo da alta eficiência e das características ótimas de combustão dos pellets, perguntei: Por que temos tão poucas caldeiras industriais movidas à pellets nas indústrias? A resposta que ele me deu foi o start para eu criar o "Mapa dos Produtores de Pellets do Brasil", que alcançou mais de 60.000 visualizações e virou até um artigo científico
Ele respondeu que seus clientes tinham medo de investir numa Caldeira movida à Pellets e depois não encontrar o biocombustível para comprar, ou ainda, ficar na mão de apenas um fornecedor do produto. Essa insegurança dele é a de muitos e faz sentido!
Grandes empresas que operam na Bolsa de Valores são obrigadas a divulgarem seus balanços porque as informações dão credibilidade ao mercado e valorizam suas ações. Os produtores de pellets deveriam seguir essa norma. O mercado de pellets está em crescimento e as informações precisam ser claras para dar estabilidade e segurança ao mercado. Os consumidores precisam saber onde tem pellets, o preço do mercado e se o fornecimento é contínuo para atender às suas demandas. A esperada Associação de Produtores está sendo criada e logo estará ativa. Tenho Fé que a visão coletiva do mercado de pellets (que é bom pra todos) se sobreponha a visão ultrapassada e individualista de alguns empresários que só pensam neles mesmos. Sabemos que "quanto mais informações tivermos do mercado de pellets, melhor pra todos os envolvidos neste setor"!

Resultado de imagem para CALDEIRAS INDUSTRIAIS

6.4.19

SECAGEM DO CAVACO E SERRAGEM PARA PRODUÇÃO DE PELLETS

Em todo o mundo há uma procura por sistemas limpos, eficientes e econômicos de secar a serragem, o cavaco ou maravalha para a produção dos pellets de madeira. Muitas tecnologias se apresentam, mas a solução definitiva ainda está por vir (futuro). O bom e velho secador rotativo não atende mais as exigências das normas internacionais, pois a alta temperatura degrada o material parcialmente (?) e modifica a coloração, resultando em pellets mais escuro. Assim, secagem com alta temperatura não é recomendado para a produção desses biocombustíveis sólidos.

Secagem em contra-fluxo

A secagem com a tecnologia do leito fluidizado é uma boa opção técnica, mas não econômica. São tecnologias caras que inviabilizam projetos de pequeno e médio porte. 

Secador de serragem solar
Sistemas que se utilizam da energia solar podem solucionar a questão aliando secagem à baixas temperaturas com eficiência e baixo custo de implantação. Além disso, a principal vantagem é que o "sol não envia contas nem boletos para pagamentos!"

Vamos refletir sobre isso!!

6.3.19

TESE DOUTORADO: A MELHOR BIOMASSA PARA PRODUZIR PELLETS

O Brasil é um país com inúmeros tipos de biomassas vegetais residuais que podem ser transformados em pellets como a madeira de pinus e eucalyptus, bagaço de cana-de-açúcar, bambu, sorgo, capim elefante, dentre outros. Mas, para produzi-los com qualidade é necessário atender uma série de exigências de qualidade que estão descritos na norma internacional ISO 17.225-1:6 dos combustíveis sólidos, como o teor de cinzas, poder calorífico, densidade a granel, durabilidade mecânica, densidade energética... Na Tese de doutorado, que agora foi publicada, analisamos (por meio de Estatística Multivariada) mais de 20 características de nove tipos de pellets. A conclusão é que biomassas florestais, como o pinus, possuem muitas características desejáveis para a produção dos melhores pellets.