20.7.08

Quando surgiu os Pellets?

Esse combustível surgiu na década de 70 com a crise do petróleo que elevou o preço desse combustível fóssil. A primeira indústria de “pellets” surgiu na cidade de Mora na Suécia iniciando sua produção em novembro de 1982. Teve problemas financeiros devido ao alto custo de produção que era muito maior do que foi calculado inicialmente. Ninguém tinha experiência na produção nem no tipo de equipamento que seria utilizado para queimar este novo tipo de combustível. A baixa qualidade dos “pellets” fabricados na época (teor de cinzas de até 17%) e a ineficiência dos equipamentos de combustão levaram ao fechamento da primeira planta industrial de “pellets” em 1986. Em 1987 uma nova indústria de “pellets” foi criada na cidade de Kil com produção de 3 mil toneladas por ano. Esta unidade está em operação até hoje na Suécia sendo considerada a mais antiga planta comercial de “pellets” daquele país.

Em 1990 o governo da Suécia iniciou uma forte taxação a todos os combustíveis fósseis com o objetivo de reduzir o uso de derivados do petróleo e, conseqüentemente, a dependência energética em relação aos países exportadores de petróleo. Além disto, a redução no consumo de derivados de petróleo também diminui a emissão de gases promotores do efeito estufa. Com estes subsídios oferecidos pelo governo para a utilização de energia limpa, o aquecimento residencial com “pellets” tornou-se mais barato do que o óleo ou o gás. A venda de fogões e sistemas de aquecimento aumentou e a demanda por “pellets” também e isto possibilitou a entrada de novos produtores no mercado. Conseqüentemente a produção anual passou de 180 mil toneladas em 1995 para 1 milhão de toneladas em 2000. Este ponto marca a grande virada para o mercado dos “pellets” que cresceu rapidamente naquele país e em toda a Europa.

A tecnologia dos fogões e sistemas de aquecimento movidos a “pellets” está sendo melhorada constantemente em termos de eficiência, de automação e de aparência física. Estas melhorias contribuem para o aumento das vendas anuais de queimadores e fogões além de manter o mercado de “pellets” aquecido.

A Suécia é, atualmente, o maior produtor europeu de “pellets” com produção estimada em 1,6 milhões de toneladas por ano. Sua rede de distribuição e logística utilizam caminhões para pequenas distâncias e os navios cargueiros para longas distâncias. E mesmo com esse grande volume de produção, segundo a revista Bioenergy Internacional Journal (2006), a Suécia não produz o suficiente para seu consumo, necessitando importar grandes quantidades de “pellets” para suprir sua demanda interna.

Se considerarmos todos os fatores que estão tornando viável a utilização dos “pellets” como fonte alternativa de energia como os índices históricos do preço do petróleo, as inovações tecnológicas dos equipamentos, baixas emissões de poluentes e até subsídios governamentais, podemos perceber que a história dos combustíveis de madeira compactada tem todos os ingredientes para continuar a crescer e ser uma grande oportunidade de negócios para o setor madeireiro.

Um comentário:

Anônimo disse...

Legal esse combustível.
Na Europa tá maior sensação!
Muitas industrias sendo criadas para produzi-los.